sexta-feira, 27 de junho de 2014

Balbino Amaral 26 de junho às 22:11 MEDIUNIDADE E PATOLOGIA Edelso da Silva Junior Temos visto a afirmação de alguns confrades espíritas de que a mediunidade dá uma condição ao seu portador de sensibilidade mais aguçada em relação ao seu contato com os afazeres do cotidiano. Esta informação deve ser analisada com um pouco mais de cuidado para que não cometamos exageros dentro do nosso movimento, desculpando, ou melhor, justificando determinadas atitudes de melindres “exagerados” por parte dos médiuns ostensivos atuantes nas Casas Espíritas. O fato de uma pessoa ser portadora de mediunidade ostensiva, não quer dizer que ela seja um doente que a qualquer momento se veja em estado de perturbação ou mesmo de exaltação de uma personalidade doentia, com os nervos a flor da pele, que não pode ser contrariada em seus desejos e vontades. Temos tomado contato com alguns casos em que a pessoa se diz portadora de mediunidade e por isso sente tudo de forma mais ostensiva e isso traz perturbações e uma série de desconfortos no decorrer da sua vida em sociedade. Não podem ir a uma festa, pois vão sentir os ânimos, a exaltação de todos e com isso ficarão em estado de desequilíbrio, portanto mais felizes do que o dono da festa; se vão acompanhar um velório, absorvem a angústia dos familiares do “morto”, e isso faz com que caiam em profundo estado de apatia e depressão. Ora, vamos tomar muito cuidado com esses tipos de afirmações que são fruto de uma interpretação equivocada das possibilidades da mediunidade. Essas afirmações colocam a mediunidade numa condição de patologia que precisa de tratamento psiquiátrico. Nós já passamos desta fase em que os médiuns eram jogados nos manicômios e esquecidos da sociedade como se fossem aberrações da natureza. Como se fossem “esquecidos” de Deus(!). Após o advento do Espiritismo, a mediunidade foi tratada como deveria, uma faculdade natural do ser humano. Dizer que os médiuns ostensivos são seres mais sensíveis do que os “não médiuns”, não deixa de ser uma verdade, mas afirmar que eles não podem ter uma vida social ativa, que não podem frequentar uma festa, ir a um velório devido sua “sensibilidade” aguçada, é colocar a mediunidade na condição de uma patologia que precisa ser tratada. Em primeiro lugar, há festas e festas. É óbvio que devemos selecionar os ambientes que frequentamos para não sermos vítimas de determinados espíritos, de energias viciantes que nos trarão problemas de várias ordens. A grande questão é que o médium educado, que está em processo de espiritualização, buscando sua reforma íntima, participando de um grupo mediúnico equilibrado, não pode crer que seja um indivíduo tão sensível que não possa ter vida social, que não possa se expor a determinadas situações porque vai desequilibrar. O médium não é um vaso de cristal que a qualquer momento pode quebrar. O médium consciente, responsável, evangelizado, vai selecionar os lugares que frequenta. Saberá pelas escolhas que fez, que não pode se expor a determinadas situações, mas nem por isso terá sua vida roubada. Não viverá recluso como se fosse uma jóia rara, que de tão rara tem de ser guardada a sete chaves. O bom senso deve imperar em todas as situações. Pensemos nisso. Fonte: Cultura Espírita MEDIUNIDADE E PATOLOGIA Edelso da Silva Junior Temos visto a afirmação de alguns confrades espíritas de que a mediunidade dá uma condição ao seu portador de sensibilidade mais aguçada em relação ao seu contato com os afazeres do cotidiano. Esta informação deve ser analisada com um pouco mais de cuidado para que não cometamos exageros dentro do nosso movimento, desculpando, ou melhor, justificando determinadas atitudes de melindres “exagerados” por parte dos médiuns ostensivos atuantes nas Casas Espíritas. O fato de uma pessoa ser portadora de mediunidade ostensiva, não quer dizer que ela seja um doente que a qualquer momento se veja em estado de perturbação ou mesmo de exaltação de uma personalidade doentia, com os nervos a flor da pele, que não pode ser contrariada em seus desejos e vontades. Temos tomado contato com alguns casos em que a pessoa se diz portadora de mediunidade e por isso sente tudo de forma mais ostensiva e isso traz perturbações e uma série de desconfortos no decorrer da sua vida em sociedade. Não podem ir a uma festa, pois vão sentir os ânimos, a exaltação de todos e com isso ficarão em estado de desequilíbrio, portanto mais felizes do que o dono da festa; se vão acompanhar um velório, absorvem a angústia dos familiares do “morto”, e isso faz com que caiam em profundo estado de apatia e depressão. Ora, vamos tomar muito cuidado com esses tipos de afirmações que são fruto de uma interpretação equivocada das possibilidades da mediunidade. Essas afirmações colocam a mediunidade numa condição de patologia que precisa de tratamento psiquiátrico. Nós já passamos desta fase em que os médiuns eram jogados nos manicômios e esquecidos da sociedade como se fossem aberrações da natureza. Como se fossem “esquecidos” de Deus(!). Após o advento do Espiritismo, a mediunidade foi tratada como deveria, uma faculdade natural do ser humano. Dizer que os médiuns ostensivos são seres mais sensíveis do que os “não médiuns”, não deixa de ser uma verdade, mas afirmar que eles não podem ter uma vida social ativa, que não podem frequentar uma festa, ir a um velório devido sua “sensibilidade” aguçada, é colocar a mediunidade na condição de uma patologia que precisa ser tratada. Em primeiro lugar, há festas e festas. É óbvio que devemos selecionar os ambientes que frequentamos para não sermos vítimas de determinados espíritos, de energias viciantes que nos trarão problemas de várias ordens. A grande questão é que o médium educado, que está em processo de espiritualização, buscando sua reforma íntima, participando de um grupo mediúnico equilibrado, não pode crer que seja um indivíduo tão sensível que não possa ter vida social, que não possa se expor a determinadas situações porque vai desequilibrar. O médium não é um vaso de cristal que a qualquer momento pode quebrar. O médium consciente, responsável, evangelizado, vai selecionar os lugares que frequenta. Saberá pelas escolhas que fez, que não pode se expor a determinadas situações, mas nem por isso terá sua vida roubada. Não viverá recluso como se fosse uma jóia rara, que de tão rara tem de ser guardada a sete chaves. O bom senso deve imperar em todas as situações. Pensemos nisso. Fonte: Cultura Espírita

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